quarta-feira, 29 de abril de 2009

LOUCURA - acabei de ler um poema de Mayakovsky e outro de Ricardo Reis... A inspiração que bateu, quase piração, deu nisso:


LOUCURA





sentar-se à beira do rio,


ouvir as estrelas,


escutar as águas seguirem seu curso,


mãos enlaçadas ou não.



tantos leitos cruzados,


corações depredados,


almas rasgadas,


águas passadas,


mãos enlaçadas,


não mais.



os rios correm,


seguem seus caminhos,


nada os faz interromper,


o contínuo nascer,


o eterno morrer.



e separadamente juntos,


os que são sem o ser,


sem nunca enlaçar as mãos,


nem jamais atrelar os lábios,


seguem tranquilos seus leitos de paz,


sem coração que sofra


e com mente plácida,

por ser sagaz.

.

.

.

*   *   *

maio de 2008

.

.

.

*   *   *

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Desencuentros



DESENCUENTROS


Si estás, nunca estoy.

Si estoy, nunca llegás.

Juntos nunca estamos.

Juntos jamás llegamos.

Y las hojas de otoño

A nosotros nos hace acordar

De nosotros nos hace olvidar

P'a que nunca sepamos si es vida o si es sueño.


Si estoy, nunca estás.

Si estás, nunca llego.

Pero desde luego, lejos nunca estamos.

Vivís dentro mío, como vivo dentro tuyo,

Y a eso le decimos

VIDA VIVA!!!

.

.

.

*  *  *

abril de 2008

.

.

.

*   *   *