LOUCURA
sentar-se à beira do rio,
ouvir as estrelas,
escutar as águas seguirem seu curso,
mãos enlaçadas ou não.
tantos leitos cruzados,
corações depredados,
almas rasgadas,
águas passadas,
mãos enlaçadas,
não mais.
os rios correm,
seguem seus caminhos,
nada os faz interromper,
o contínuo nascer,
o eterno morrer.
e separadamente juntos,
os que são sem o ser,
sem nunca enlaçar as mãos,
nem jamais atrelar os lábios,
seguem tranquilos seus leitos de paz,
sem coração que sofra
e com mente plácida,
por ser sagaz.
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maio de 2008
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